Aqui, na densa mata de bambu,
Tentando recobrar o meu alento,
Ouvindo fui - silêncio bem atento -
O som da voz do sonho, que eras tu.
Palavras de carinho, ou de conforto,
Nascidas do meu subconsciente,
Soando, repetidas, no presente,
Saídas dum passado mais que morto.
Lançado, p'lo destino, numa guerra
Que, jovem, me afastou da minha terra,
Lembrando as muitas juras, que te ouvi,
.
Não deixo de sentir que fui trocado
- Brinquedo dum desejo inconfessado -
Por outro, que ficou perto de ti.
VITOR CINTRA
do Livro " Murmúrios "