quarta-feira, dezembro 31, 2008

EXISTES.........VITOR CINTRA









Nasces do ventre dum sonho
Feita quimera, encantada,
Como magia, tornada
Fruto da luz, que em ti ponho.
Suponho!



Cresces sorriso, com graça
Feita carinho, ternura,
Com a brilhante candura
Que vem do sol, que te abraça.
Se passa.





Vives beleza, esplendor
Feito alegria, bom senso,
Como farol, dom imenso.
Feito de paz e de amor.
Fervor!




VITOR CINTRA



do livro "Pedaços do Meu Sentir "
(à venda nas livrarias)

sábado, dezembro 27, 2008

RECORDAR



Tentei lembrar-me do tempo
Em que eras feliz um pouco,
Cabelos soltos ao vento,
Na face um sorriso louco.

Sem nada levado a sério,
Nos olhos teus, a ternura
Não tinha qualquer mistério,
Sonhava com aventura.

Aberto fora o caminho
Trilhado na vida então,
Por ordem do coração;

Lembranças do teu carinho...
Nem grandes são, nem pequenas...
Sao só lembranças, apenas.


VITOR CINTRA
do livro " Recados "

segunda-feira, dezembro 22, 2008

AMOR ERRADO



AMOR ERRADO

Amor por compaixão não é amor,
É dar, mas duma forma adulterada,
Um pouco, muito pouco, de calor
A quem não pode, nunca, dar-vos nada.

Podeis dizer, senhora, que não há,
Na vossa doação, um sacrificio,
Mas muito do que dais demonstra já
Que, de paixão, não há, sequer indício.

Amor, não é um acto que se faça,
Mas sim um sentimento, que se tem,
Que faz o coração sentir-se bem.

E se a compreensão vos ultrapassa,
Ao ponto de calar a própria vida,
Ireis ficar sózinha, de seguida.

VITOR CINTRA
do livro " Recados "

sexta-feira, dezembro 19, 2008

PAIXÃO



No fogo da paixão, que te consome,
Enorme labareda de prazer
Crepita, cada vez que se ouve o nome,
Que é nome de cidade e de mulher.

As almas não resistem aos apelos,
Que pintam as paixões do coração
Em tons de cor de rosa, sempre belos,
E tornam todo o mundo uma emoção.

Mas, tal como em ciência, diz quem sabe,
Ninguém demonstra ter um sentimento
Se dele não tiver conhecimento.

Não deixes que a paixão, em ti,se acabe,
Mas crê que, se for mal direccionada,
Então essa paixão não vale nada.

VITOR CINTRA
do livro " Recados "






sábado, dezembro 13, 2008

GRAÇAS




Amo deveras meus filhos,
Co'uma paixão compulsiva,
Não foram nunca cadilhos
Mas minha essência, bem viva.

Quis o destino, também,
Fazer de mim protector
De outros, com pai e mãe,
Contudo órfãos, de amor.


Hoje dou graças a Deus
Por ter-me dado o vigor,
Que fez dos meus, e dos teus,
Gente de bem, com valor.


VITOR CINTRA
do livro " Murmúrios "

sexta-feira, dezembro 05, 2008

NOITE




Forram-se as noites de Inverno
De chuvas, neves e frio,
E num fragor, quase eterno,
Rugem as águas do rio.

Atrás da porta, fechada,
Uma voz doce, que canta,
Mima a criança ensonada,
Que, a custo, espera pela janta.

E porque a noite é cerrada,
Escura noite de breu,
Sem uma estrela no céu,

Não há nem alma penada,
Que arrisque mostrar ao vento
A força do seu alento.

VITOR CINTRA