sábado, abril 28, 2012

APELO

(imagem recolhida na internet)

Ó tu, deusa maior da lusa gente,
Que, nas histórias vivas do passado,
Ousaste, com olhar mais indulgente,
Deixar-nos ver da terra um outro lado;
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Ó tu, Moira seráfica, sem tempo,
Chegada à Lusitânia noutra era,
Que deste aos portugueses mor alento,
Capaz de derrotar qualquer Quimera;
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A nós, que somos filhos desse povo
A quem, por protecção de Juno e Marte,
Deixaste que chegasse a toda a parte,
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Tecida a nossa vida em fio novo,
Demonstra que a coragem doutros tempos
Apenas nos deixou por uns momentos.
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Vítor Cintra
Do livro: ENTRE O LONGE E O DISTANTE

sexta-feira, abril 20, 2012

COIMBRA - 26 de Abril de 2012




Agradecemos a todos os que nos queiram honrar com a sua presença.

segunda-feira, abril 16, 2012

GUIMARÃES

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Ecoam, pelas pedras da muralha,
As vozes, quer de nobres quer da plebe,
Que entraram, lado a lado, na batalha
Travada, com arrojo, em São Mamede.
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Ecoam os apelos à coragem,
À luta, muito embora desigual,
Que, ousando pôr um fim à vassalagem,
Fundou um novo reino em Portugal.
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Ecoam os lamentos, mais profundos,
De dor, as orações p'los moribundos
E mortos, que tombaram no combate.
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Ecoa, ainda, o grito de "Vitória!"
Daqueles cuja voz, como memória,
As pedras são o eco e o resgate.
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Vítor Cintra
Do livro: MEMÓRIA DAS CIDADES

sexta-feira, abril 06, 2012

PÁSCOA FELIZ






Votos sinceros de uma PÁSCOA FELIZ

segunda-feira, abril 02, 2012

PORTO


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Antiga, quer na História, quer na gente,
Jamais o teu passado será morto;
E, seja no futuro ou no presente,
Serás sempre a Invicta, nobre Porto.
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Há muitos, muitos anos, junto ao Douro,
Fundaram-te, subindo encosta acima;
Co' o rio fez-se eterno o teu namoro,
É ele que, banhando-te, te mima.
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Chamaram-te cidade do trabalho
Por ser tão empenhada no labor
A gente, que em ti vive, e ao redor;
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As cepas, fecundadas pelo orvalho,
Das margens do teu rio, são penhor,
De quanto há no teu pão pago em suor.
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Vítor Cintra
Do livro: MEMÓRIA DAS CIDADES