quarta-feira, abril 28, 2010

Abro-me







 



Abro-me!

E, olhando o céu,
me vou,
ave sem asas
ao sabor da aragem
que o pensamento me sopra,
inconstante e leve,
rumo ao azul;
Mergulho infinito
ao meu eu interior.
E já não estou!
E já não sou
senão a projecção do longe,
que absorve a distância,
se repete,
e se perde no esquecimento.
E, sendo eu,
de novo,

Fecho-me!

VITOR CINTRA
do livro " Entre o Longe e o Distante "

quinta-feira, abril 22, 2010

Reflexão













Ao escrever contei as penas
Da minh'alma amargurada;
Não são grandes, nem pequenas,
São as minhas, só, mais nada.

No papel pus o sentido
Dado às coisas desta vida;
Nunca o tempo foi perdido
Por ser gasto nesta lida.

Talvez quem, um dia, leia
O que escrevo, nesta hora,
Sinta o mesmo que eu, agora.

Depois de uma vida cheia
De trabalhos e desgostos,
Quem deseja ter opostos?


VITOR CINTRA

do livro " Entre o Longe e o Distante "

sábado, abril 03, 2010

PÁSCOA FELIZ


A todos os amigos, votos de Páscoa Feliz