quinta-feira, maio 28, 2009

CHEIRO





Teu corpo, poema ardente.
Frenética rima de ais,
Aurora, pedindo mais,
Com louco vigor, fremente.

Teu rosto, sorriso aberto,
Promessa, sonho, desejo,
Tornando-se a cada beijo
Tão quente, quanto tão certo.

E o dia feito uma hora,
Por entre os ais e os gemidos,
Festim, sem par, dos sentidos.

Mas, quando te vais embora,
Só fica o teu cheiro, intenso,
Enchendo o vazio imenso



VITOR CINTRA

Do novo livro " PEDAÇOS DO MEU SENTIR "



À venda nas livrarias, consulte:
  • Editora Temas Originais
  • terça-feira, maio 26, 2009

    LOUCOS




    Não são muitos, nem são poucos,
    Os poetas, bem seguros,
    Encerrados entre muros
    Sob o rótulo de loucos.

    São apenas os bastantes
    P'ra provar que a poesia
    É temida, e não devia,
    Tanto ou mais do que era dantes.

    Porque abordam quaisquer temas,
    Nas estrofes dos poemas,
    Incomodam co'as verdades.

    É por isso que os poetas
    São, por formas indirectas,
    Reprimidos entre grades.

    VITOR CINTRA
    do livro " RELANCES "

    domingo, maio 17, 2009

    SINTO poema de VITOR CINTRA




    Sinto crescer a vontade
    De perceber se o que dizes,
    Entre risadas felizes,
    É ou não é a verdade,
    Ou só disfarça deslizes.


    Sinto crescer o desejo
    De te cingir nos meus braços,
    P'ra te prender com abraços,
    E arrancar-te num beijo
    Todos os teus embraraços.


    Sinto crescer a ideia
    De que, bem mais do que mostras,
    São bem reais as propostas
    Duma visão que incendeia
    Esse viver, de que gostas.



    VITOR CINTRA
    Do Livro " Pedaços do Meu Sentir"
    Á venda nas livrarias