
Quem não preserva seus dotes
P'ra usos com fim capaz,
Sujeita-se a pôr garrotes
Em tudo o que mais lhe apraz.
Quem troca a sua virtude
Por mero, fugaz prazer,
Arrisca a sua saúde
E deita tudo a perder.
Há quem pense que não paga
Abusos, libertinagem,
Por gozo de um só momento,
Mas, quando o fogo se apaga,
Queimada resta a imagem,
Sem brilho, ou qualquer alento.
VITOR CINTRA
do livro " RECADOS "
4 comentários:
Caro Vitor,
um soneto fantástico que descreve na perfeição o preço de dos abusos sem limites!
Adorei este soneto!!!
Beijinhos,
Ana Martins
Muito bonito. É pena que a maior parte das pessoas depois das vigarices não fiquem queimadas....
Lindissimo. Gostei muito
Abraços
Olá, Vitor! Parabéns pelo blog. Viva a poesia.
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