sexta-feira, maio 13, 2011

DEPOIS ...



DEPOIS ...

Se, cada vez que a fizesse,
A jura fosse cumprida,
Talvez jamais sucedesse
Sentir-se tão deprimida.

Depois do tempo do sonho,
Ante a crueza da vida,
Não há futuro risonho
P'ra quem viveu iludida.

Os olhos contam mágoa
- Às vezes tão rasos de água,
Que fazem crer que é sentida -

E a dor, que gera o desgosto,
_ Muito maior que o suposto -
P'la inocência perdida.


Vitor Cintra
do livro " Relances "

segunda-feira, maio 09, 2011

ENLEVO




ENLEVO

Como sonho sem ter prazo,
Absoluto, que domina,
O amor que nos anima
Despertou por mero acaso.


Há um mundo de alegria,
Um porvir feliz, risonho,
Neste amor feito do sonho,
Que vivemos cada dia.

Entre rasgos de paixão
Cada gesto de carinho
Embriaga, como vinho.


Estremece o coração
Com sorrisos e carícias,
Que trocamos, com malícia.

Vitor Cintra

Do livro " ENTRE O LONGE E O DISTANTE "

quinta-feira, maio 05, 2011

DISSE

(Imagem recolhida na internet)

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À vida disse: "Não ponho
Noções de fé infundada
Em ilusões feitas sonho,
Que não me levam a nada".
.
Pois no meu tempo de vida,
Da vida que Deus me deu,
Desde a chegada à partida,
As marcas, busco-as eu.
.
Aos anos deitei os sonhos,
As ilusões, a esperança
Feita de cada mudança,
.
Mas dos meus dias risonhos,
As nesgas de f'licidade
Guardei-as junto à idade.
.
Vítor Cintra
Do livro: PEDAÇOS DO MEU SENTIR