sábado, dezembro 04, 2010

PIROPO

Abre-se em graça teu rosto,
Numa candura feliz,
Quando alguém passa e te diz
Ditos brejeiros, com gosto.
.
Seja, ou não seja, suposto
Ser o piropo a raiz
Doutros dichotes mais vis,
Nunca há-de ver-se indisposto.
.
Esse seu ar bem-disposto
Vem, quando deles te ris,
Só porque soam pueris.
.
Seriam, sim, de desgosto
Se feitos doutro cariz
Mais triste, ou mais infeliz.
.
Vítor Cintra
Do livro: AFAGOS

3 comentários:

Antònio Manuel disse...

Carissimo: Victor

Belo Poema!

Grato pela partilha:

Maravilhoso espaço voltarei sempre.

Serei seu seguidor:

Lhe desejo um otimo fim de semana.

Os meus melhores compriméntos


Antònìo Manuel

Zélia Guardiano disse...

Lindo poema, Vitor!
Lindo e leve...
Grata pelo maravilhoso momento de leitura.
Abraço, amigo!

carlos pereira disse...

Meu caro amigo POETA Vitor;
Mais um soneto demonstrativo da grande qualidade que a sua poesia exibe. Os seus sonetos são compostos, sempre, com as palavras exactas, belas e ritmadas.
EXCELENTE.
Um forte abraço.