sábado, janeiro 24, 2009

MIRAGENS



Nascem, quais folhas ao vento,
Asas sem corpo, planando,
Águas sem rio, sobrando,
Mentes sem vida, vibrando,
Rostos sem dor, em tormento.

Crescem, já mudas de alento,
Sem ter em conta a idade
Perdem-se da mocidade,
Olhos no mar, com saudade,
Rastos de azul no cinzento.


VITOR CINTRA
do Livro " Murmúrios "

7 comentários:

Anónimo disse...

Que delicia de poema, grata pelos votos e retribuo em dobro...
Estou de volta da ausência forçada que o meu pc resolveu me presentear...

Que este ano se forme em realizações plenas...

Doce beijo

reginahelena disse...

Oi, poeta. Fiquei um tempão ouvindo a música e lendo a poesia. Que lindo.

reginahelena disse...

Deixo um texo meu, com minhas desculpas pelo "atrevimento" rsrsrsr

“Vidas paralelas”

Seguias o teu caminho e eu, o meu:
- Direções opostas, linhas paralelas...
O meu amor te chamou,
e vieste viver comigo,
na loucura do impossível,
essa paixão insana...

Como em imagem de sonho,
eu te vi partir.
Sair da minha vida e voltar à realidade,
ao lugar que é teu...

Embora como louco o meu amor gritasse,
eu não pude te conter!
Seguiste o teu caminho e eu, o meu:

- Direções opostas, linhas paralelas:
“Infinitamente separados”!

Regina Helena

FERNANDA-ASTROFLAX disse...

QUERIDO VITOR, MARAVILHOSO POEMA... SEMPRE QUE O LEIO FICO EMOCIONADA... ADORO ESTA LINDA MÚSICA... UM BOM DOMINGO... UM ABRAÇO DE CARINHO E TERNURA,
FERNANDINHA

Iscte 72-77 disse...

muito bonito...

- Moisés Correia - disse...

Belo poema...
Encontrei este blogue por acaso…
Gostei e voltarei, com certeza…

Há dias…
Em que acordamos chuvosos
Ensopados em saudades choradas
Sentimentais, românticos
Emotivos, fantasiosos…
Amarrados em manhãs geladas

O eterno abraço…

leituras disse...

Mais do que ler-te, é sentir cada palavra da tua poesia, que vale a pena.

Saúdo-te, amigo