EM CALCUTÁ
Chamou-te o Senhor Deus para as ruelas
Aonde, por miséria, se definha
E foste, sem receio de ir sozinha,
Cuidar dos infelizes que andam nelas.
Por ordem do Senhor, viveste ali;
Co'a força do Senhor, cuidaste deles;
Serviste, dos humildes, os mais reles,
Co'a graça que o Senhor te deu a ti.
E restam, nas imagens mais lembradas,
Os gestos dessas mãos abençoadas
P'lo dom da caridade, lenitivo
Da dor do indigente, fugitivo
Da vida e consciência dos humanos,
Tão frios e distantes quanto urbanos.
VITOR CINTRA
Do livro " À DISTÂNCIA "
3 comentários:
Olá,
eu adoro os teus poemas, tão cheios de conteudo, este então, Madre Teresa, uma grande mulher!
Bjhs e resto de boa semana
Este soneto é talvez uma das descrições mais objectivas do que terá sido a grandeza da alma de Madre Teresa.
Boa semana
Um poema lindíssimo e muito profundo em homenagem a uma grandiosa Mulher, Santa, Alma, que apenas um grande Poeta poderia colocar assim em palavras! Parabéns, meu amigo!
♥*´¯`*Beijinhos*´¯`*♥
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