
Duma beleza sem fim,
Quem, por amor, se perdeu,
Lembrá-los-á sempre assim.
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Mas os castanhos, intensos,
São ternos, meigos de mais,
Vivem de arroubos imensos,
Amam, sem terem rivais.
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Da cor do mar são os olhos
Onde navegam os meus,
Verdes, profundos, escolhos
De paixão, sombras e véus.
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Porém, da cor do ciúme,
Cheios de mágoas e ais,
São os que põem negrume
Nos olhos negros, leais.
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Vítor Contra
Do livro Entre o Longe e o Distante
4 comentários:
Meu querido Victor
Simplesmente belo o teu poema.
tinha saudades de te ler.
Da cor do mar são os olhos
Onde navegam os meus,
Verdes, profundos, escolhos
De paixão, sombras e véus.
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Maravilhoso.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Caro Vitor Cintra;
Belo poema, onde o tema, cantado por inúmeros poetas ao longo dos tempos, tem aqui uma expressão poética única, alicerçada numa comunhão singular entre o poeta e as palavras.
Gostei.
Um abraço.
Carlos Pereira
Como eu gostei deste poema Vitor!
Os meus que já foram, segundo dizem, bonitos, estão dentro duma dessas cores.
Não lhe digo qual, mas só lhe digo que tanto provocaram ódio como paixão. Felizmente, embora eu não tenha culpa, juro que não.
Não devia dizer isto, mas sou sincera, e repare hoje são somente "olhos tristes".
Bom fim de semana
A Luz A Sombra
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