quarta-feira, abril 28, 2010

Abro-me







 



Abro-me!

E, olhando o céu,
me vou,
ave sem asas
ao sabor da aragem
que o pensamento me sopra,
inconstante e leve,
rumo ao azul;
Mergulho infinito
ao meu eu interior.
E já não estou!
E já não sou
senão a projecção do longe,
que absorve a distância,
se repete,
e se perde no esquecimento.
E, sendo eu,
de novo,

Fecho-me!

VITOR CINTRA
do livro " Entre o Longe e o Distante "

3 comentários:

impulsos disse...

Olá meu amigo!
Hoje é dia de visitas inesperadas...

Já tinha tido o prazer de ler este teu belíssimo poema numa das páginas do teu livro.
Mas aqui soube-me melhor, talvez pelo som da melodia que se ouve em fundo... não sei.
Mas que soube, soube!

Beijo

Maria Rodrigues disse...

Amigo,linda poesia como sempre. Aproveito para desejar um excelente fim-de-semana.

“A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delícia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você.” (Ralph Waldo Emerson)

Bjs do tamanho do infinito
Maria

Lee disse...

poema lindo... bom conhecer.