quinta-feira, julho 06, 2006

SEM AMARRAS





SEM AMARRAS



Quem 'screve poesia por prazer,
Sem ter celebridade como meta,
Embora sem um nome a defender
Não deixa, mesmo assim, de ser poeta.


Sei bem que pouco sou e não mereço
Memórias, nesse tempo do futuro;
Mas não serei refém do alto preço
Que paga quem arrisca, " sem seguro ".


Nasci de gente humilde, mas honrada.
Só tendo o meu bom nome como herança
Cruzei a vida, cara levantada.


Não vou, para ver obra publicada,
Deixar, neste meu nome, má lembrança
De ter, em vida, fama bajulada.


Vitor Cintra


Do livro " Dispersos "

6 comentários:

margusta disse...

Soneto Lindo!!!

"Um ano depois"

...deixo-vos um abraço intemporal...

Anónimo disse...

Lindo poema de Vitor Cintra, mais a bela musica do teu blog...Maravilhoso.
Bj*

Anónimo disse...

Amarras... que atam, engessam...como é bom viver sem elas!
Amarras... dos liames dos amores ...como é bom viver com elas!

Palavras verdadeiras de um testemunho de honra do poeta...

Mais uma vez, obrigada Alma de Poeta, por esse post!

Anónimo disse...

Não deixa de ser poeta é verdade...é teu o prazer de escrever e nosso o prazer de ler.
ana (versusediversus.blogs.sapo.pt)

Anónimo disse...

Mas são as tuas palavras amarras que nos amarram ao sabor dos teus poemas...

Beijos carinhosos da Teia.

Papoila disse...

O poeta não o é por si mas pelos outros os que por ele falam e transparecem na sua caneta...
Hoje transparece por inteiro o poeta.
Beijo