sábado, junho 18, 2011

VIDAS

(imagem recolhida na internet)

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Já desde os bancos da escola,
De calção curto e sacola,

Era o melhor companheiro.

Com ar gingão, magricela,

Quedava-se à espera dela,

Quando saía primeiro.

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Vestindo bata de chita,

Sorriso alegre, bonita,

Nos olhos brilho de brasas.

Até na bata, rodada,

A borboleta bordada,

Mostrava força nas asas.

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Por entre juras, carinhos,

Mas por diversos caminhos,

Alicerçaram as vidas.

E, no viver à distância,

Ganharam mais importância

As emoções já sentidas.

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Anos depois, já passados,

Vida e amor partilhados,

Juntando filhos e netos,

Confessam terem vivido,

O tal amor desmedido,

De dois amantes dilectos.

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Vítor Cintra

Do livro: ENTRE O LNGE E O DISTANTE

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