terça-feira, junho 02, 2009

TRIGUEIRA




O sol que, no deserto, te queimou,
Pintando a tua tez co'o seu matiz
Vestiu-te o seu sorriso mais feliz
E nunca, nunca mais, se retirou.

O brilho de azeviche, que ficou
Nos teus cabelos, negros de raiz,
Tem algo de mistério, que se diz,
Ter sido a perdição de quem te amou.

Escravo dum fascínio que não quis
Morrer, nem quando a vida te afastou,
Errante, pelo mundo, se arrastou

E nessa busca, infinda e infeliz,
Impôs-se, a cada esquina que dobrou,
Achar-te e todo o amor que o encantou.


VITOR CINTRA
do livro " Murmúrios "

3 comentários:

lili laranjo disse...

Vitor

Acoda a sorrir

Acorda com um sorriso
e vai atrás da vida...
vive-a!
Aprecia-a!
Saboreia-a
Cheira-a!
Sente-a!...
__________________
LILI Laranjo

FERNANDINHA & POEMAS disse...

QUERIDO VICTOR, MARAVILHOSO POEMA... SABOREEI AS PALAVRAS...ABRAÇO-TE COM AMIZADE E CARINHO,
FERNANDINHA

Isabel Moreira Rego disse...

Simplesmente Lindo este soneto!
PARABÉNS!

jinhos
da miginha
ISA

P.S. Não consegui ver se é de Sintra ou do Brasil, mas tenho algo que me diz que os Portugueses tens mais e melhor inspiração que os brasileiros. E Sintra, então é a cidade dos poetas.