Forram-se as noites de Inverno
De chuvas, neves e frio,
E num fragor, quase eterno,
Rugem as águas do rio.
Atrás da porta, fechada,
Uma voz doce, que canta,
Mima a criança ensonada,
Que, a custo, espera pela janta.
E porque a noite é cerrada,
Escura noite de breu,
Sem uma estrela no céu,
Não há nem alma penada,
Que arrisque mostrar ao vento
A força do seu alento.
VITOR CINTRA
1 comentário:
Apaixonada por sonetos, não posso deixar de lhe dizer que este é magnifico.
Beijinhos
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