sexta-feira, dezembro 05, 2008

NOITE




Forram-se as noites de Inverno
De chuvas, neves e frio,
E num fragor, quase eterno,
Rugem as águas do rio.

Atrás da porta, fechada,
Uma voz doce, que canta,
Mima a criança ensonada,
Que, a custo, espera pela janta.

E porque a noite é cerrada,
Escura noite de breu,
Sem uma estrela no céu,

Não há nem alma penada,
Que arrisque mostrar ao vento
A força do seu alento.

VITOR CINTRA

1 comentário:

Unknown disse...

Apaixonada por sonetos, não posso deixar de lhe dizer que este é magnifico.

Beijinhos