segunda-feira, fevereiro 04, 2008

DESPIQUE





DESPIQUE



Vejo nas lágrimas, medos
- Quantos profundos demais -
Onde se escondem segredos
De corações desleais.


Há, no silêncio, tormentos
Duma amizade perdida
Onde quaisquer sentimentos
Murcham, sem verem saída.


Contam-se as vidas em anos,
Horas, minutos, segundos,
Mágoas, ou só desenganos,
Contam-se em perdas de mundos.


Tem cada qual duas faces,
Mas não há duas iguais,
Por onde quer que tu passes
Hás-de ter sempre rivais.



VITOR CINTRA

"Murmúrios "

2 comentários:

Odele Souza disse...

"Por onde quer que tu passes
Hás-de ter sempre rivais."

Verdade, poeta, verdade. Isto é inevitável.Os rivais, os desafetos. Que nos direcionemos então para o outro lado, o do amor, da amizade, do carinho, estes sentimentos que nos sustentam porque nos fazem mais fortes.
Um beijo.

Kalinka disse...

Olá Vitor

Esta minha insaciável quimera provavelmente nunca irá ter fim - não desisto.
Percorro este presente sempre em busca dessa identidade ainda sem rosto, desenhando e voltando a desenhar cada pormenor até à exaustão.
Moldo cada vez mais esta mentira, esperando que um dia se torne verdade.

Um abraço