domingo, junho 03, 2007

LEVIANDADE



LEVIANDADE

Por cuidar que estais, senhora,
Co'a maior falta de senso,
Fico triste quando penso
No dia em que ireis embora.

Nem momentos já vividos,
Nem quaisquer juras de amor,
Contarão como penhor
De propósitos perdidos.

Valerá, acaso, a pena
Procurar, num outro lado,
O amor desperdiçado? ...

Quem tem alma tão pequena
Nunca há-de achar um jeito
Que lhe valha algum respeito...



VITOR CINTRA
do livro " ECOS "

2 comentários:

leituras disse...

Uma queixa, pungente mas bela.

Boa semana

Manel do Montado disse...

Extraordinário poema. Singelo e encerrando uma grande verdade.
Um abraço