sexta-feira, maio 13, 2011

DEPOIS ...



DEPOIS ...

Se, cada vez que a fizesse,
A jura fosse cumprida,
Talvez jamais sucedesse
Sentir-se tão deprimida.

Depois do tempo do sonho,
Ante a crueza da vida,
Não há futuro risonho
P'ra quem viveu iludida.

Os olhos contam mágoa
- Às vezes tão rasos de água,
Que fazem crer que é sentida -

E a dor, que gera o desgosto,
_ Muito maior que o suposto -
P'la inocência perdida.


Vitor Cintra
do livro " Relances "

2 comentários:

TERE disse...

Encontrei esta escrita poética no seu blog, de que gostei...já estou a seguir e noutra visita lerei com mais cuidado...
Votos de bom domingo.

ania disse...

Um blog que encanta e emociona com seus sensíveis e inspirados poemas...parabéns!

abraços...um domingo de muitas alegrias!