sábado, fevereiro 13, 2010

MENINO DA RUA




















Manhã triste, negra, fria,
Pés descalços pelo chão,
Arrastados, cada dia,
Na procura de algum pão.

Sem bondade, nem carinho,
Sem o mais pequeno afecto,
Sem destino no caminho,
Sempre em busca de algum tecto.

Cruza um mundo sem sentido,
Quase sempre tão temido
E distante como a lua.

Enteado da fortuna
Sobrevive por lacuna,
É menino, mas da rua.

VITOR CINTRA

3 comentários:

Vanda Paz disse...

Parabéns por este poema tão humano.

abraço

tulipa disse...

Volto a visitar-te, e fico completamente rendida ao jogo de tão belas palavras que encontras para transparecer as tuas emoções num poema tão humano.
Parabéns!!!

Encontrei uma "casa amarela" que depois descobri ser algo muito interessante e sobre alguém a quem faço uma justa homenagem, quando passam 104 anos do seu nascimento.
Queres descobrir quem é?

Boa semana ainda de Carnaval.
O pior é o frio e a chuva!!!Beijinhos.

Verânia Aguiar disse...

muitos parabens, gostei :)