segunda-feira, outubro 02, 2006
FONTE
FONTE
A fonte da minha aldeia
Murmura, mas docemente.
E tudo quanto a rodeia
Provoca em nós a ideia
Que canta por 'star contente.
Nas noites de lua cheia
Co'a gente lá reunida,
A noite não se receia,
O povo só cavaqueia.
A fonte ganha mais vida.
Se as tardes são de domingo,
A fonte vai murmurando
Ás moças, que vão surgindo.
Rapazes chegam, sorrindo;
Namoros vão despontando.
É certo que tem a fonte
Valor imenso p'ra nós;
Além da água do monte
Transporta do horizonte
Desejos de estarmos sós.
Vitor Cintra
"Alegorias"
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7 comentários:
Lindo poema a uma fonte da vida...
Mais um belo poema, este dum livro que não conheço ainda.
M.João
Olá
a tua fonte de inspiração não tem fim.. continuo meio ausente.. deixo-te um beijo com sabor a maresia
Que saudades que senti de minha aldeia e que bom foi ler-te. Essa fonte inspirou-te!
Primeira vez que aqui venho. Muitas vezes espreito nos blogues e mesmo que os aprecie saio sem dizer nada, hoje vejo aqui poesia sentida e simples tal como gosto dela, por isso resolvi comentar deixando-lhe os meus parabéns pela maneira como escreve.
Olá,
poema lindo, amei!
beijo
Isa
Pois descreve mesmo as tardes de domingo e as noites de verão ao pé da fonte da nossa aldeia, meu irmão. Obrigado por me trazeres à lembrança aqueles momentos tão especiais.
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