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Sinto rasgos de ternura
Ao ouvir coisas da vida,
P'ra sentir, logo em seguida,
Muitos outros de amargura;
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Quantas vezes, por saudade
Do que resta na distância,
Não apenas na infância
Mas também na mocidade.
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Trilhei vida, fiz caminho,
Quase sempre fui sozinho,
Sem arroubos, ou paixão;
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Muitas vezes, derrotado,
Vi-me só, com gente ao lado,
Sem que alguém me desse a mão.
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Vítor Cintra
Do livro: ENTRE O LONGE E O DISTANTE
quinta-feira, fevereiro 10, 2011
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3 comentários:
"Muitas vezes, derrotado,
Vi-me só, com gente ao lado,
Sem que alguém me desse a mão."
Isso é tão frequente! Eu que o diga!
Lindissimo querido amigo, como sempre.
Quantas vezes estamos sózinhos no meio da multidão!
Tenha um maravilhoso fim de semana, pleno de alegria, paz e harmonia.
Beijinhos
Maria
Caro POETA Vitor Cintra;
Li, em tempos, que o soneto era a jóia suprema da literatura; este belo soneto, atesta a autenticidade dessas palavras.
Um forte abraço.
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