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Nasceram nos teus olhos tantos sonhos,
No tempo em que a infância, descuidada,
Vivia cada um pequeno nada
Em rostos desgrenhados, mas risonhos.
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O mundo confinado à outra margem
Do rio que, correndo docemente,
Servia de recreio frequente,
Um muitas incursões da miudagem.
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Não vinham dos adultos mais perigos
Do que esses que eram fruto dos castigos
Punindo, sem rigor, as «traquinagens»;
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Mas muitos desses sonhos, que surgiam
À luz desses teus olhos, que sorriam,
Morreram, engolidos por voragens.
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Vítor Cintra
Do livro: PASSAGENS
segunda-feira, fevereiro 14, 2011
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3 comentários:
Lindo!
É pelo sonho que vamos...
Lindíssimo Vítor, os seus sonetos são sempre muito belos!
Beijinho,
Ana Martins
Quão traquina a gente não era! Um abraço.
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