Das muralhas dos castelos
Que a minha alma levantou,
Vejo sonhos, quantos belos,
Que, por medo de perdê-los,
A razão não aceitou.
Vejo traços do caminho,
Que a paixão me aconselhou,
Mas que o medo de sozinho
Percorrer, devagarinho,
O amor não vislumbrou.
.
Vejo marcas da idade,
Porque o tempo já passou,
Lamentar que a mocidade
Nos negasse a liberdade,
Que o presente exagerou.
VITOR CINTRA
do livro " PEDAÇOS DO MEU SENTIR"
(à venda nas livrarias)