segunda-feira, abril 02, 2012

PORTO


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Antiga, quer na História, quer na gente,
Jamais o teu passado será morto;
E, seja no futuro ou no presente,
Serás sempre a Invicta, nobre Porto.
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Há muitos, muitos anos, junto ao Douro,
Fundaram-te, subindo encosta acima;
Co' o rio fez-se eterno o teu namoro,
É ele que, banhando-te, te mima.
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Chamaram-te cidade do trabalho
Por ser tão empenhada no labor
A gente, que em ti vive, e ao redor;
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As cepas, fecundadas pelo orvalho,
Das margens do teu rio, são penhor,
De quanto há no teu pão pago em suor.
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Vítor Cintra
Do livro: MEMÓRIA DAS CIDADES

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