segunda-feira, fevereiro 20, 2012

FADO

(imagem recolhida na internet)

(Dedicado a Ana, Flor de Lácio)



Desde os tempos da mourama


Que nas vielas ecoa.


Andou p’los beco de Alfama,


Invadiu, depois, Lisboa.






No chorar em que as guitarras


O tornaram pioneiro,


O Fado, soltando amarras,


Partiu rumo ao mundo inteiro.






Foi primeiro em caravelas


Para terras bem distantes


E, com vestes mais singelas,


Foi, depois, co’ os emigrantes.






Foi canção de gente pobre.


Cantou mágoas e tristeza.


Ao crescer tornou-se nobre.


Canta a alma portuguesa.


 
Vítor Cintra

Do livro: AO SABOR DO INSTANTE

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