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Num certo dia, bem cedo,
Quando se ergueu, manhãzinha,
Viu-se a criança sozinha,
Abriu-se a porta do medo.
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No rosto lágrimas, dor,
Chamando com desespero:
«Mãezinha!... Mãe, eu te quero!...
Mãe, onde estás?... Por favor...»
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Num choro tão soluçado,
O coração, apertado,
Cativo desse abandono,
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Foi, num passito apressado,
Perder-se num mundo errado,
Medrosa do próprio sono.
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Vítor Cintra
Do livro: FRAGMENTOS
sábado, setembro 24, 2011
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3 comentários:
Meu querido Victor
Um poema lindo cheio de ternura e doçura, adorei e deixo um beijinho carinhoso.
Sonhadora
só sabe o que é solidão quem sentiu no peito suas mãos gravadas e sabe o quanto é difícil ganhar liberdade.
Vc deveria escrever um livro...seu talento transpassa as telas do computador e chega em nossos corações.
Abraços.
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