segunda-feira, junho 27, 2011

Gesto

(imagem recolhida na internet)
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Nesse gesto de carinho,
que irradia
um perfume a rosmaninho,
que inebria,
há um corpo de mulher,
que me abraça,
e um desejo que, ao crescer,
me embaraça.
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Há um rosto que eu afago, com ternura,
e uns lábios que me beijam, com doçura.
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E no fogo que, entre os corpos, se acendeu,
há um mundo de mistérios, todo meu.
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Vítor Cintra
Do livro: NAS BRUMAS DA MAGIA

quinta-feira, junho 23, 2011

MONHOS

(imagem recolhida na internet)

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Mistérios se agitam

Na terra dos sonhos.

São tantoa os monhos

Que as mentes levitam.

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São peixes que voam

E aves que nadam,

São homens que fadam,

Silêncios que soam.

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Por força das mentes

Despertam sentidos.

Há mundos sorvidos

Por corpos frementes.

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Vítor Cintra

Do livro: PEDAÇOS DO MEU SENTIR

sábado, junho 18, 2011

VIDAS

(imagem recolhida na internet)

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Já desde os bancos da escola,
De calção curto e sacola,

Era o melhor companheiro.

Com ar gingão, magricela,

Quedava-se à espera dela,

Quando saía primeiro.

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Vestindo bata de chita,

Sorriso alegre, bonita,

Nos olhos brilho de brasas.

Até na bata, rodada,

A borboleta bordada,

Mostrava força nas asas.

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Por entre juras, carinhos,

Mas por diversos caminhos,

Alicerçaram as vidas.

E, no viver à distância,

Ganharam mais importância

As emoções já sentidas.

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Anos depois, já passados,

Vida e amor partilhados,

Juntando filhos e netos,

Confessam terem vivido,

O tal amor desmedido,

De dois amantes dilectos.

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Vítor Cintra

Do livro: ENTRE O LNGE E O DISTANTE

sexta-feira, junho 10, 2011

FASCÍNIO

(imagem recolhida na internet)

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Navegando a toda a hora

Num esforço sem quebranto,

Fomos rumo ao mar de fora

Onde os mundos são de espanto.

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Sob o signo de desgraças

A coragem foi o manto.

Desprezàmos ameaças

E tragédias, feitas pranto.

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Com fascínio tão visível,

Ora medo, logo encanto,

Só o mar tornou possível,

A tão poucos, fazer tanto.

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Vítor Cintra

Do livro: PEDAÇOS DO MEU SENTIR

domingo, junho 05, 2011

DEDICATÓRIA

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Nestes poemas que escrevo,
Há muito mais que saudade,
Há protestos, há enlevo,
Há paixões que trago e levo,
Lembranças da mocidade.
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Muitos falam de alegrias,
Quantos de mágoas, também,
Outros lembram-me bons dias,
Terras, gentes, nostalgias
E muito amor por ti, Mãe.
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Vítor Cintra
No livro: ENTRE O LONGE E O DISTANTE