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Náufrago doutras vivências,
Órfão do tempo que passa,
Vejo nas minhas carências
Marcas de antiga desgraça.
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Trouxe, dos tempos do nada,
Restos de vida malsã,
Feitos memória passada
Noutro viver, amanhã.
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Sinto que a vida repete,
Sem eu saber o porquê
Disso - que mais ninguém vê -,
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Cinco, seis vezes, ou sete,
Certas noções de viver,
Para que eu possa aprender.
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Vítor Cintra
Do livro: Entre o Longe e o Distante
domingo, fevereiro 20, 2011
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2 comentários:
Às vezes é preciso mesmo que ela repita. Abraço.
Muito elegante teu pedaço.
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