Lançando-se a galope pelo prado,
Sem sela na montada e semi-nua,
Surgiu, como visão, à luz da lua,
Aos olhos do cativo, naufragado.
.
Trazidos nas correntes da maré,
À costa - enregelado até aos ossos -
O mar lançou, com ele, alguns destroços,
Despojos do naufrágio da galé.
.
Há morte, numa lança já em riste,
Suspensa dum só gesto, que desiste
Ao ver o moribundo agrilhoado.
.
Desmonta, a amazona, do cavalo.
Hesita, mas resolve-se a tratá-lo
E, lesta, vai rumando ao povoado.
.
Vítor Cintra
Do livro: DIVAGANDO
3 comentários:
Meu querido amigo
Simplesmente belo este poema, adorei.
Deixo o meu carinho e um beijinho
Sonhadora
Caro POETA Vitor;
Excelente soneto, com a qualidade de sempre.
Um forte abraço.
Amigo poeta, mais um poema sublime, como sempre!
Aproveito para desejar a si e a toda a sua família e amigos, um Feliz Natal, repleto de alegria, saúde, paz e amor.
“A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida.” (desconhecido)
Que a Luz e o Espírito de Amor do Natal, consigam prevalecer nos nossos corações ao longo de todos os dias do ano que está a chegar, para seja sempre Natal.
Beijinhos
Maria e familia
Enviar um comentário